Pesquisador do FGV Agro e coordenador do MBA em Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas
Mesmo após um ano repleto de turbulências, notadamente do lado político, 2017 entregou a economia brasileira para o ano de 2018 em uma situação bem melhor do que aquela que ele recebeu do ano de 2016. Enquanto começamos o ano passado com a economia encolhendo 2.5% a.a. (contração do 4º trimestre de 2016), iniciamos 2018 crescendo 2.1% a.a. (expansão do 4º trimestre de 2017). Ou seja, apesar de todas as adversidades, diversas variáveis apresentaram melhoras bastante significativas ao longo de 2017, tais como, PIB, inflação, taxa de juros, risco país, produção industrial, volume de vendas do comércio varejista, etc. Embora algumas variáveis ainda não tenham reagido satisfatoriamente, como o mercado de trabalho, o volume de atividade do setor de serviços e, principalmente, as contas públicas, os avanços observados, apesar de lentos, têm se mostrado sólidos.